sexta-feira, 7 de março de 2014



JORNAL LOGRADOUROS

28/02/2014

Sardinha em lata, assim se sentem milhares de paulistanos (veja artigo)

Por: Por Eduardo Augusto Pinto
Aqui, eu não estou aqui falando da deliciosa e saborosa sardinha em lata, mas sim, do transporte público, no qual as pessoas ficam materialmente enlatadas e prensadas umas nas outras e por horas, em óleo corporal quente, quer queira ou não.
 Nos coletivos, deveria ser obrigatório o uso de cintos de segurança, exatamente como o é nos automóveis, mas não é! E por que não?
Ora, é simples a resposta. Os coletivos - ônibus - estão e andam sempre totalmente lotados, logicamente que só para a satisfação dos donos das empresas, pois não há sequer espaço para o usuário cair, quiçá se deslocar, diante da enorme lotação.
É mesmo o corpo a corpo diário. E mais. Eles estão se esquecendo de uma lei física, ou seja, a de que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Somente pela lei dos homens que os nossos atuais políticos tentam revogar a lei da física.
Entretanto, eles não conseguem, e quem sofre, é realmente o povo, que, no seu dia a dia, depende dos transportes públicos, pois aqueles, só se utilizam de carros oficiais, pagos, regiamente, com o dinheiro do povo!
Os usuários dos transportes coletivos correm, diariamente, o risco de sofrer lesões contundentes em acidentes automobilísticos, pois a segurança que é exigida para os automóveis, não é a mesma imposta aos transportes coletivos.
Pior ainda, quando o motorista do coletivo dá aquela famosa “brecadinha”, conhecida popularmente como o “freio de arrumação”, as pessoas que estão totalmente enlatadas e espremidas têm de se acomodar, mais e mais, no espaço que é sempre inexistente, só para caber mais pessoas.
Faz-se valer o antigo ditame “no coração de mãe sempre cabe mais um!”.
Ainda, com o asfalto todo ondulado da cidade de São Paulo, o sacolejo do coletivo fica bem maior e, com isso, todos os passageiros são obrigados a se acomodar, como disse, onde realmente não existe mais nenhum espaço.
E veja que, para os mais jovens, a situação já é deveras difícil, especialmente quando estes têm de se segurar nos coletivos; o que se dirá às pessoas mais idosas e às portadoras de necessidades especiais?
Assim, e para que pudéssemos obter a melhoria dos transportes públicos, necessariamente deveriam ser extintas as regalias e as mordomias de utilização dos referidos carros oficiais para os políticos, sendo que estes seriam obrigados a tomar, ou melhor, a se utilizar do transporte público que oferecem para os coitados dos cidadãos, que pagam, regiamente, pelos seus impostos e não têm, em contrapartida, um transporte descente.
Devemos sempre cobrar dos atuais políticos, pois que está na Constituição que “todos são iguais perante a lei!”.

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