JORNAL LOGRADOUROS
28/02/2014
Sardinha em lata, assim se sentem milhares de paulistanos (veja artigo)
Por: Por
Eduardo Augusto Pinto
Aqui, eu não estou aqui falando da
deliciosa e saborosa sardinha em lata, mas sim, do transporte público, no qual as pessoas ficam
materialmente enlatadas e prensadas umas nas outras e por horas, em óleo
corporal quente, quer queira ou não.
Nos coletivos, deveria ser
obrigatório o uso de cintos de segurança, exatamente como o é nos automóveis, mas não é! E
por que não?
Ora, é simples a resposta. Os
coletivos - ônibus - estão e andam sempre totalmente lotados, logicamente que
só para a satisfação dos donos das empresas, pois não há sequer espaço para o usuário cair, quiçá se
deslocar, diante da enorme lotação.
É mesmo o corpo a corpo diário. E mais. Eles estão se esquecendo de uma lei física, ou
seja, a de que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Somente pela lei
dos homens que os nossos atuais políticos tentam revogar a lei da
física.
Entretanto, eles não conseguem, e
quem sofre, é realmente o povo, que, no seu dia a dia, depende dos transportes
públicos, pois aqueles, só se utilizam de carros oficiais, pagos, regiamente,
com o dinheiro do povo!
Os usuários dos transportes coletivos
correm, diariamente, o risco de sofrer lesões contundentes em acidentes automobilísticos, pois a
segurança que é exigida para os automóveis, não é a mesma imposta aos
transportes coletivos.
Pior ainda, quando o motorista do
coletivo dá aquela famosa “brecadinha”, conhecida popularmente como o “freio de arrumação”, as
pessoas que estão totalmente enlatadas e espremidas têm de se acomodar, mais e
mais, no espaço que é sempre inexistente, só para caber mais pessoas.
Faz-se valer o antigo ditame “no coração de mãe
sempre cabe mais um!”.
Ainda, com o asfalto todo ondulado da
cidade de São Paulo, o sacolejo do coletivo fica bem maior e, com isso, todos os passageiros
são obrigados a se acomodar, como disse, onde realmente não existe mais nenhum
espaço.
E veja que, para os mais jovens, a
situação já é deveras difícil, especialmente quando estes têm de se segurar nos
coletivos; o que se dirá às pessoas mais idosas e às portadoras de necessidades
especiais?
Assim, e para que pudéssemos obter a
melhoria dos transportes públicos, necessariamente deveriam ser extintas as regalias e as mordomias de
utilização dos referidos carros oficiais para os políticos, sendo que estes
seriam obrigados a tomar, ou melhor, a se utilizar do transporte público que
oferecem para os coitados dos cidadãos, que pagam, regiamente, pelos seus
impostos e não têm, em contrapartida, um transporte descente.
Devemos sempre cobrar dos atuais
políticos, pois que está na Constituição que “todos são iguais perante a lei!”.
E-mail: cidadaniadireitoedever@gmail.com
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