terça-feira, 24 de dezembro de 2013



19/12/2013

O túnel do tempo natalino no histórico bairro Ipiranga

Por: Eduardo Augusto Pinto
Todos nós já ouvimos falar que o túnel do tempo é um portal imaginário, que nos leva a uma viage
m no tempo, do presente ao passado ou ao futuro, como queiram os organizadores do espetáculo. É um verdadeiro espetáculo imaginário, o qual substitui o circo do passado.
Geralmente os portais/túneis do tempo são encenados nos filmes que vemos sobre o tema com suas entradas revestidas de uma majestosa iluminação, as quais atraem e encantam os olhares dos mais diversos expectadores.
Ao adentrarmos no bairro do Ipiranga (zona sul de SP), pela sua porta principal, ou seja, pela Avenida Dom Pedro, nós nos encantamos com a iluminação decorativa de Natal ali instalada; é um verdadeiro colírio a refrescar os olhos dos cidadãos, ao menos na ocasião natalina!
Mas esse é um portal passageiro, pois só deverá durar até o “Dia de Reis”, 6 de janeiro, quando será retirado e, portanto, o portal de entrada se fechará novamente e, com isto, a escuridão que reinava nessa famosa avenida voltará ao seu reinado, pela falta da devida iluminação pública e da poda nas árvores, estas, inclusive, que impedem a pouca luz existente de chegar à via pública.
Na continuidade do portal, temos a iluminação das árvores do corredor do Parque Independência e até a colocação de uma árvore de Natal na área da frente do Monumento, a qual possui uma linda estrela flamejante que atrai inúmeros olhares afixados de quem passa por lá, mas acaba por não olhar onde pisa, sem notar, assim, o piso solto e deteriorado, Por conta disso, o cidadão pode levar um tombo, com as mais diversas e sérias consequências para a sua saúde.
Cabe salientar que a verba para a iluminação natalina temporária existe e, para o restauro do bem histórico tombado, altar da Pátria, berço da Nação brasileira, não!
O cidadão, depois de adentrar ao histórico bairro do Ipiranga, Berço da Nação Brasileira, pelo magnífico portal futurista temporariamente instalado na Avenida Dom Pedro, com o seu término, já será conduzido, imediata e novamente, ao passado longínquo, com a vista do Parque Independência sem a devida manutenção, sendo que este merece todo o cuidado dos administradores públicos envolvidos, especialmente pelo seu valor histórico e significativo para todos os cidadãos brasileiros.
Sabemos que o tempo deteriora os bens do passado, principalmente quando os homens do presente não cuidam de fazer a devida manutenção periódica, para que eles cheguem intactos ao futuro.
Há que se salientar que a responsabilidade pela manutenção do Parque Independência é da Universidade de São Paulo - USP -, na parte onde está localizado o Museu/Palácio, o qual se encontra interditado pela falta de manutenção, servindo de belo exemplo dado pela própria USP.
A manutenção do restante do Parque é de responsabilidade da Prefeitura do Município de São Paulo - PMSP -, a qual precisa ser procurada com uma lupa e, ao final da minuciosa busca, não é mesmo encontrada!
O cidadão entrando no Ipiranga voltará, de imediato e novamente, ao passado no túnel do tempo, com as luminárias do século passado instaladas, pois as mesmas não iluminam em nada, facilitando a ocorrência de furtos e assaltos, sempre possibilitando emergir vítimas.
Ainda no Ipiranga do passado, temos os semáforos antigos e ineficientes, pois que, com qualquer chuva, já param de funcionar, levando a região ao caos.
Em termos de semáforos, também estamos vivendo em um passado remoto, pois as autoridades responsáveis pelo gerenciamento do trânsito ainda não perceberam que no nosso bairro se instalou a gloriosa instituição Padre Chico, a qual cuida de prestar ensinamento aos deficientes visuais; portanto, há a necessidade de instalação de semáforos com dispositivos sonoros, para poder orientá-los, quando em trânsito local.
Também falta, em matéria de sinalização de trânsito, a pintura nas lombadas que ainda existem e a pintura de faixas de pedestres etc.
Veja que buracos nas vias públicas não faltam e as calçadas estão intransitáveis, tornando-se uma verdadeira consagração do passado, mas não no túnel do tempo, mas sim, na dura realidade atual.
Constata-se que não é preciso voltar ao passado ou caminhar ao futuro, para constar que unicamente os equipamentos que visam à arrecadação da Prefeitura funcionam cem por cento, como, por exemplo, os radares inteligentes, os semáforos que multam etc.
Este é o trágico retrato do histórico Ipiranga, símbolo de liberdade da Nação Brasileira!
Se o símbolo máximo da liberdade encontra-se assim, o que se dirá do restante do nosso País!

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