“SETE DE SETEMBRO: O IPIRANGUISTA TEVE O QUE
COMEMORAR”?
Por: Por
Eduardo Augusto Pinto
O Parque da Independência que está situado em nosso
histórico bairro do Ipiranga, onde foi proclamada a Independência da Pátria
Amada Brasil, deveria ser um brinco, uma jóia rara, portanto, teria de ser
tratado como tal!
Mas o tratamento que ocorre é exatamente o inverso:
O complexo do Parque da Independência é uma casa de
três donos, compreendo os seguintes “proprietários”:
O Monumento onde está abrigada a cripta com os
restos mortais da Família Real e a Casa do Grito, pertencente à Secretaria
Municipal da Cultura.
Tanto o monumento quanto o piso envoltório
encontram-se totalmente deteriorados, com o zinabre e a ferrugem já tomando
conta e deteriorando, a cada dia, mais e mais.
Inclusive, está tramitando Inquérito Civil Público,
instaurado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, para apurar a falta
de manutenção.
O Riacho do Ipiranga encontra-se com entulho
depositado em suas margens, que não são mais plácidas, desde há muito tempo,
por conta de sua pavimentação e, ainda, vem apresentando um cheiro
insuportável.
A parte verde do Parque da Independência
pertencente à Secretaria Municipal do Verde, que também deixa muito a desejar
com o zelo, pois os balaustres dos gradis de concreto estão em sua maioria
deteriorados e há luminárias com fio expostos, que podem causar acidentes
graves até com vítimas fatais.
O Museu prédio pertencente à Universidade de São
Paulo - USP -, vem nos dando “exemplo de educação e cidadania”, especialmente
por ter chegado ao ponto de deixar interditar o prédio pela falta de
manutenção.
Há exemplo, pois todos nós sabemos que se deixarmos
uma casa sem manutenção, mesmo que por algum tempo, a mesma irá se deteriorar
até o ponto de vir a cair. Está claro que não é necessário ser mestre de obras
ou engenheiro para saber disso!
Há também, para completar, o crescente aumento de
roubos, com a insegurança reinante no Parque da Independência, pois que a Guarda
Civil Metropolitana - GCM -, desde há muito, fugiu, se afastou do Parque e,
consequentemente, do seu dever constitucional de criação, ou seja, a necessária
proteção dos bens municipais.
O que nós, Ipiranguistas, poderemos esperar das
autoridades do nosso País que abandonaram, desde há muito tempo, o “Solo
Sagrado”?
O que nós tivemos para comemorar no dia sete de
setembro?
Com certeza, foi o abandono material, histórico e
cultural do nosso berço, onde foi proclamada a Independência do Brasil!".
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