Fonte do Museu volta a funcionar
Uma espécie de guardião do Ipiranga, o advogado
Eduardo Augusto Pinto promete ir às últimas consequências para obter do
poder público melhor tratamento ao Parque Independência. “O Parque
Independência deveria ser tratado com o respeito que merece, altar da
pátria amada e não com falta de manutenção”, clama o morador, que protocolou
dois requerimentos ao administrador da área, Wagner Aparecido Spolon,
cobrando respostas às suas demandas.
“Eu quero saber o gasto público com a água da fonte, em razão da
infiltração ali ocorrida”, explica Pinto. “Está sendo pago o esgoto e todos
sabem que a água da fonte não vai para o esgoto”, questiona. “Estou pedindo
que me forneçam os demonstrativos dos últimos 24 meses de gastos com conta
de água que abastece o parque e a fonte. Peço também a data em que surgiu a
variação do consumo de água e o que está sendo feito para descobrir os
possíveis vazamentos”, destaca o advogado, que ameaça de recorrer ao
Ministério Público e à Justiça. “Eu tenho o direito de saber tudo isso,
amparado pela lei da informação”.
A fonte foi fechada para reparos no dia 8 de outubro e deveria voltar a
funcionar no dia 31 do mesmo mês, mas só foi reaberta no domingo (17). Foi
feita uma vistoria no local e o próprio Spolon participou da retirada do
lodo, a fim de descobrir os vazamentos. A direção do Sesc Ipiranga comprometeu-se
a solicitar um estudo ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). A
secretaria do Verde e Meio Ambiente, responsável pela área, parece alheia
ao problema, assim como não tomou providências em relação ao banheiro da
cripta, sob o Monumento à Independência, que está há quase um ano entupido.
“Os visitantes têm de trazer de casa um penico”, ironiza Pinto. “Eu
perguntei à segurança se ela tinha um penico pra me emprestar e ela
respondeu que o utensílio estava na casa da Marquesa de Santos”, revela
ele. “Um vidro da janela da Casa do Grito está há meses quebrado e ainda
não foi trocado”, ressalta. “E ainda há vazamentos no telhado, provocado
por telhas deslocadas”, acrescenta.
Pinto chama de “serviço de porco” o restauro feito no piso no entorno do
Monumento à Independência. “É inadmissível que coloquem caquinhos em vez
das pedras originais. Esse é o tratamento que o poder público dispensa ao
Parque Independência”, irrita-se.
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