domingo, 24 de novembro de 2013




    EDIÇÃO 806 - 22/11 A 27/11/2013


Fonte do Museu volta a funcionar
Uma espécie de guardião do Ipiranga, o advogado Eduardo Augusto Pinto promete ir às últimas consequências para obter do poder público melhor tratamento ao Parque Independência. “O Parque Independência deveria ser tratado com o respeito que merece, altar da pátria amada e não com falta de manutenção”, clama o morador, que protocolou dois requerimentos ao administrador da área, Wagner Aparecido Spolon, cobrando respostas às suas demandas.
“Eu quero saber o gasto público com a água da fonte, em razão da infiltração ali ocorrida”, explica Pinto. “Está sendo pago o esgoto e todos sabem que a água da fonte não vai para o esgoto”, questiona. “Estou pedindo que me forneçam os demonstrativos dos últimos 24 meses de gastos com conta de água que abastece o parque e a fonte. Peço também a data em que surgiu a variação do consumo de água e o que está sendo feito para descobrir os possíveis vazamentos”, destaca o advogado, que ameaça de recorrer ao Ministério Público e à Justiça. “Eu tenho o direito de saber tudo isso, amparado pela lei da informação”.
A fonte foi fechada para reparos no dia 8 de outubro e deveria voltar a funcionar no dia 31 do mesmo mês, mas só foi reaberta no domingo (17). Foi feita uma vistoria no local e o próprio Spolon participou da retirada do lodo, a fim de descobrir os vazamentos. A direção do Sesc Ipiranga comprometeu-se a solicitar um estudo ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). A secretaria do Verde e Meio Ambiente, responsável pela área, parece alheia ao problema, assim como não tomou providências em relação ao banheiro da cripta, sob o Monumento à Independência, que está há quase um ano entupido.
“Os visitantes têm de trazer de casa um penico”, ironiza Pinto. “Eu perguntei à segurança se ela tinha um penico pra me emprestar e ela respondeu que o utensílio estava na casa da Marquesa de Santos”, revela ele. “Um vidro da janela da Casa do Grito está há meses quebrado e ainda não foi trocado”, ressalta. “E ainda há vazamentos no telhado, provocado por telhas deslocadas”, acrescenta.
Pinto chama de “serviço de porco” o restauro feito no piso no entorno do Monumento à Independência. “É inadmissível que coloquem caquinhos em vez das pedras originais. Esse é o tratamento que o poder público dispensa ao Parque Independência”, irrita-se.

Nenhum comentário:

Postar um comentário