quarta-feira, 28 de agosto de 2013



Violência toma conta do Ipiranga e comunidade começa a se organizar

A sala da Associação Comercial – Distrital Ipiranga lotada durante a última reunião do Conseg Ipiranga, realizada em 27 de agosto, já dava sinais de que a onda de insatisfação chegou ao bairro e que a comunidade começa a arregaçar as mãos para cobrar das autoridades presentes mais que blá blá blá.

Para desespero das pessoas que circulam pelo bairro, agora temos mais uma modalidade de criminalidade: arrastão. Isso mesmo! O alvo são carros que param no semáforo da rua Vergueiro, altura dos 6.000. Henrique, que no último dia dos pais passava pelo local com seu filho, foi alvo deste tipo de crime. Quanto ao infrator, cerca de 10 moleques que se esconderam no posto de gasolina abandonado ali próximo e que há meses vem sendo denunciado no Conseg Ipiranga que o local tornou-se abrigo de moradores de rua e de acúmulo de lixo.

O que o poder público espera para agir? Talvez que o local pegue fogo, porque o risco é iminente. Segundo o subprefeito do Ipiranga, Luiz Henrique Girardi, os proprietários estão sendo intimados a retirar os tanques e bombas do local, como primeiro passo para a interdição. Enquanto isso, nós cidadãos que pagamos impostos e sustentamos a lenta máquina temos de ter olhos atentos ao circular por lá.

Crimes também se intensificaram na altura da Cipriano Barata com Sorocabanos e Leais Paulistanos. O alvo vai desde carros que cruzam o farol até os estabelecimentos ali vizinhos, situação que na avaliação dos moradores começou a ocorrer após a ocupação irregular da área na Bom Pastor, próxima à rua dos Sorocabanos. Situação semelhante ocorre na rua Clemente Pereira, onde moradores reclamam da falta de policiamento e do elevado índice de roubo de carros. O caso é tão grave que morador que acabou de se mudar para edifício nesta rua relatou ter tido dificuldades em renovar o seguro de seu carro. Segundo ele, “as seguradoras dizem não fazer seguro com o CEP da Clemente Pereira”. A única companhia que aceitou em fazê-lo cobrou o dobro do preço.

Já na rua Xavier de Almeida, próximo ao condomínio Vila Imperial, tornou-se rotina o arrombamento de carros estacionados, estepes roubados, furtos e depredações. Situação semelhante vivem condomínios próximos ao Clube Atlético Ipiranga.

Tal escalada da violência no bairro motivou vários síndicos de edifícios a se unirem para buscar condições mais seguras no bairro. Mediante abaixo-assinado, estão mobilizando os moradores para cobrar ações das autoridades e pela sinergia tentar fazer o que o poder público não faz.

Segundo o capitão da Polícia Militar Douglas La Femina Jr., “existe uma distribuição de viaturas e efetivos que é equânime em todo o bairro. Não existe uma localidade no bairro que seja mais ou menos policiada que outra”. Ele atribui à escuridão das ruas e às atitudes de cada pessoa como fatores que contribuem para aumentar os índices de criminalidade. Também afirmou que conseguiu apoio da força tática para aumentar repressão à criminalidade na região.

O Major Samir do 46º batalhão da Polícia Militar explica que grande parte deste problema decorre do fato de a legislação não ter evoluído de acordo com a criminalidade. “O envolvimento de menores em crime toma um tempo enorme da polícia. Enquanto as viaturas estão envolvidas com isso, o policiamento preventivo é sacrificado”, afirma.

Catalizando tais demandas, o presidente do Conseg Ipiranga, Ségio Yamada, esteve no último dia 26 no comando geral da PM para, em nome do Conseg Ipiranga, Saúde, Sacomã e Heliópolis e Parque Bristol,  protocolar reclamação contra o policiamento e pedir aumento do efetivo na região. Enquanto aguarda estudo, o capitão Douglas afirmou que a defasagem de efetivo policial não é privilégio do Ipiranga.

Contra a CET, pesaram reclamações sobre o descaso de seus agentes no atendimento de reclamações de moradores que têm de conviver diariamente com carros estacionados em frente de suas garagens. Morador da rua Bom Pastor, e que convive diariamente com este problema por ter academia e salão de beleza como vizinhos, diz acumular protocolos de reclamação. Segundo ele, a única coisa que conseguiu de um agente da CET foi o convite para sair com ele no braço. “Claro que este funcionário além de não me atender, ainda cobriu sua identificação. Anotei a placa de seu veículo e denunciei na CET, mas não recebi qualquer retorno“. Certamente se fosse uma infração de trânsito, o reclamante não deixaria de receber com eficiência a multa para pagar. 

Não menos incômodo têm os vizinhos do Lanxereta. Segundo moradora da região, o barulho e a bagunça começa na quinta-feira. O delegado da 17ª Delegacia de Polícia, Levi d'Oliveira, informou que há pouco tempo foi feita uma diligência, mas nada foi encontrado. “Como o número de reclamações é muito alto, a polícia continuará a fazer batidas lá”, afirmou. A subprefeitura ficou de verificar o alvará para checar se tem autorização para ficar aberto até tarde e tocar música.

Para completar o quadro caótico por que passa o bairro, foram cobrados das autoridades medidas emergenciais com relação à atuação de marginais no Parque da Independência, que além de roubar turistas e usuários do parque têm promovido a degradação do bem público, chegando ao absurdo de causar incêndio criminoso próximo ao Monumento do Ipiranga. A Polícia Militar começou nesta semana um monitoramento do local, onde afirma ter feito três flagrantes com entorpecente. Sobre este tema, o advogado Eduardo Augusto Pinto cobrou compromisso da Guarda Civil Metropolitana no exercício de suas funções. “Esperamos que a GCM cumpra sua função legal de Proteção ao Patrimônio Público, principalmente no Parque da Independência, onde deve fazer jus ao seu papel de proteger os bens públicos.”

Em resposta, o inspetor Becker afirmou que a GCM está com proposta de deixar destacamento fixo no Parque da Independência. Não afirmou, contudo, quanto tempo levará para colocar isto em prática. Esperamos que não seja o mesmo tempo que se levou para promover o restauro do Museu nem tampouco que o Parque acabe fechado quando a situação tornar-se insustentável.  



Cristina Feres – historiadora e jornalista
Saiba, leitor, que toda a responsabilidade pela área verde do Parque da Independência é da Prefeitura Municipal de São Paulo, através da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.
É lamentável que a violência em nossa cidade agora tenha também como palco o berço da nação, área de lazer do Ipiranga e centro de atração turística, o Parque da Independência. E pior, não bastasse o prédio do Museu fechado para restauração após anos de descaso administrativo, agora temos de assistir a área de verde do parque se tornar uma praça de guerra, onde os próprios seguranças particulares têm medo dos marginais.
Além da falta de segurança no local, também constatamos a existência do “dengão” situado na parte anterior às fontes com água parada e com o fundo cheio de lodo, o que propicia a criação de mosquitos da dengue.  
Fica a pergunta: Para que é usado o sistema de monitoração de câmeras instalado no Parque da Independência? E as gravações, se é que o sistema funciona, onde estão?
Onde está a Guarda Civil Metropolitana, que tem o dever legal de proteção ao patrimônio público? Esses são os deveres funcionais da própria Guarda Civil Metropolitana exposto em seu site. “Tem como foco a proteção dos bens públicos, sendo realizada em todo o município através do sistema de rondas periódicas em todos os patrimônios públicos, sendo que naqueles considerados vulneráveis ou prioritários há o policiamento com efetivo fixo”.
Se os seguranças particulares, que deveriam tomar conta do Parque da Independência, estão com medo da gangue que atua no local, deixando que deterioração e o clima de insegurança cresça,  o que dirá a população paulistana que a cada dia assiste assustada a incompetência dos órgãos públicos na gestão dos problemas urbanos.
Onde estão os políticos que, em época de eleição, vêm pedir votos no bairro e passado o pleito nos largam ao Deus dará? Será que há alguém com coragem suficiente para vestir esta camisa em defesa do Parque antes que, à semelhança do museu do Ipiranga, também seja fechado por ingestão administrativa?
Antes de ocorrerem mortes no Parque da Independência e mais depredações, se torna necessário que o senhor prefeito e secretario municipal do Verde e do Meio Ambiente tomem as providências imediatas para coibir os atos de vandalismo contra os cidadãos e patrimônio público, pois em caso negativo poderão ser responsabilizados pessoalmente com ação civil pública.
Diga-se, cidadão não é só para pagar imposto, mas também para cobrar, através de representação requerendo a instauração de Inquérito Civil Público junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo.
e-mail:
cidadaniadireitoedever@gmail.com


quarta-feira, 21 de agosto de 2013


“O grito de independência se renova no dia 7 de setembro” (Veja artigo)
Por: Eduardo Augusto Pinto
O grandioso bairro do Ipiranga, berço da nação brasileira, onde Dom Pedro gritou a histórica e significativa frase: ”Independência ou morte” não pode permitir que o dia 7 de setembro seja apenas uma data a comemorar tal fato histórico.
Através dos cidadãos ipiranguistas e brasileiros de todos os cantos desta terra, temos a obrigação  de renovar, de corpo e alma, o famoso grito, mas dessa vez com o berro: Fora políticos ineficientes e corruptos, pois o Brasil necessita e merece ser livre dessas autoridades inescrupulosas que só pensam no seu próprio bolso e não no povo.
A população elege os políticos para serem os seus representantes legais (empregados) e gerirem o nosso País, mas esses (grande parte) não cumprem as funções para as quais foram contratados, e pior ainda, invertem a posição de empregados para empregadores, com isso dando migalhas para os cidadãos, seus patrões!
Realmente nós, cidadãos de bem do nosso País, precisamos nos unir para despedirmos esses maus políticos. Para isso, na próxima eleição devemos pensar bem em quem eleger, pois estaremos com o poder nas mãos! O inadmissível é que empregados mande nos patrões.
Nós, cidadãos, pagamos o mais alto custo pela gerência política do nosso País e damos para os políticos altos salários, uso de veículos, aviões oficiais, aposentadorias milionárias, plano de saúde de primeira linha em consagrados hospitais, no padrão FIFA.
Em troca recebemos o seguinte: aposentadoria insignificante, ensino de má qualidade, saúde pública questionável, transporte público, bolsa família e segurança pública a desejar.
Para que a história do Brasil mude seu rumo o povo deve unir forças e mostrar que os brasileiros estão descontentes com os seus empregados políticos. Por isso, contamos com você cidadão e a sua família nas manifestações pacíficas de luto no dia 7 de setembro de 2013, afinal de contas, cidadão não é aquele que vive em sociedade, mas aquele que transforma a sociedade em que vive para melhor!
Só com a união organizada da sociedade, em manifestação pacifica é que teremos êxito, pois apenas assim os empregados sentirão a força de que devem obediência aos seus patrões!