terça-feira, 22 de julho de 2014
JORNAL LOGRADOUROS
22/07/2014
Réplica de bronze é furtada às margens plácidas do Ipiranga
Por: Eduardo Augusto Pinto
Não bastassem as constantes violações à nossa atual Constituição da República, agora deixaram furtar a réplica de bronze (ornamento de bronze) da nossa Constituição Política do Império do Brasil, elaborada por um Conselho de Estado, e outorgada pelo Imperador Dom Pedro I,– a Carta de Lei, de 25 de março de 1824, que ficava dentro da Cripta Imperial, em cima do sarcófago, onde se encontram os restos mortais de Dom Pedro I, no Bairro do Ipiranga, às margens plácidas do Riacho do Ipiranga, o qual não é mais plácido, mas sim, deveras ácido, especialmente pelo mau cheiro de esgoto!
Conforme consta do histórico do BO n.º 2771/2014, elaborado pelo 17º DP, a réplica da Constituição em bronze foi subtraída, tendo sido comunicado o fato à delegacia somente no dia 11 deste mês, quase 24 horas após o ocorrido.
Ainda constou na ocorrência que houve um estouro no transformador de energia elétrica que alimenta o local, e que não possuem câmeras de segurança.
Inclusive, está figurando como vítima, a Prefeitura de São Paulo, ou seja, a responsável pela área e total guarda do bem subtraído. Ora, registre-se que as vítimas somos todos nós, cidadãos brasileiros, a coletividade.
Perguntemos: onde será que estava/está a Guarda Civil Metropolitana? Sabemos que ela foi criada com a função de proteção do patrimônio municipal, ou seja, dos seus bens, serviços e instalações, porém, certamente não estava por lá! Aliás, o abandono do Monumento a Independência é mesmo inconcebível e lamentável.
Constatamos que as estátuas de bronze estão todas deterioradas e, inclusive, as espadas do Imperador e de sua Guarda Imperial já foram todas furtadas.
Perguntemos, também: será que a autoridade responsável pela manutenção/preservação do Monumento tem medo que Dom Pedro I ressuscite da sua tumba, e procure a sua espada para lutar contra o total abandono?
O pior é que o nosso Imperador não achará a sua espada, e terá de lutar na base do grito, como realmente tem feito todos os cidadãos, para, ao final, não serem ouvidos e nem mesmo atendidos em suas mais variadas reivindicações!
Destaca-se que a constatação do furto, pois não conseguiram rasgar as Normas Constitucionais da réplica da nossa Primeira Constituição, tendo em vista que ela foi confeccionada em bronze, material eterno, e, inclusive, já poderá até ter sido derretida e vendida, a preço vil.
Caso isto realmente tenha ocorrido, no que já se acredita, especialmente pelo passar do tempo, destrói-se, concretamente, um símbolo histórico, que deveria ter sido mantido e guardado em local seguro, para ser exposto à visitação das atuais e futuras gerações.
O fato ocorrido é realmente lastimável e inaceitável!
Eduardo Augusto Pinto é advogado em São Paulo/SP.
E-mail: cidadaniadireitoedever@gmail.com
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sexta-feira, 18 de julho de 2014
UM ABSURDO!
http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/r%C3%A9plica-da-1%C2%AA-constitui%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-furtada
Atualizado: 18/07/2014 00:01 | Por Edison Veiga, estadao.com.br
Réplica da 1ª Constituição é furtada
Peça de bronze ficava dentro da cripta imperial, no Parque da Independência, no Ipiranga
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Um ornamento de bronze - em formato de livro, representando a primeira Constituição brasileira, de 1824 - que ficava em cima do sarcófago onde estão os restos mortais do imperador d. Pedro I, no Ipiranga, está desaparecido.
O Estado apurou que o furto ocorreu na semana passada mas só anteontem a Secretaria Municipal da Cultura, que administra a cripta - chamada de Monumento à Independência, próximo ao Museu do Ipiranga - registrou boletim de ocorrência. A peça foi instalada na cripta nos anos 1980, em referência ao fato de a primeira Constituição ter sido outorgada pelo imperador, em março de 1824.
"O furto deve ter ocorrido entre os dias 9 e 10 da semana passada", acredita a historiadora e arqueóloga Valdirene Ambiel - que, como pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), faz visitas semanais à cripta. Há relatos de que teria faltado luz no último dia 10 - e talvez tenha sido esta a situação que propiciou o crime. "Infelizmente, o monumento está em total abandono. Este não é um fato isolado: a situação está péssima, com pichações e atos de vandalismo do lado externo", relata a pesquisadora.
Recentemente, o número de seguranças do local (que é aberto ao público de terça a domingo) foi reduzido. "Antes, eram quatro que se revezavam entre a cripta e a Casa do Grito", afirma Valdirene. Agora, são apenas dois vigilantes. Em nota, a Secretaria da Cultura afirmou que a diminuição se deve ao encerramento da exposição que funcionava ali - e consequente "redução da área de circulação de público".
Nova administração. A Secretaria disse que tem interesse em repassar a administração do Monumento à Independência ao governo federal. Em breve, deverá ser apresentada ao Ministério da Cultura "uma proposta de nacionalização", elaborada em conjunto com os órgãos municipal, estadual e federal de proteção ao patrimônio - Conpresp, Condephaat e Iphan. "O reconhecimento do monumento, pela sua importância para a história nacional, é uma ação estratégica para a sua valorização e recuperação", frisou a Secretaria, em nota.
Obra do artista italiano Ettore Ximenes (1855-1926), o monumento foi inaugurado em 1922 para celebrar o primeiro centenário da emancipação política do Brasil. Ali estão os restos mortais da imperatriz Leopoldina - desde 1953 -, do imperador d. Pedro I - desde 1972 - e de Amélia, segunda mulher do imperador - desde 1984. Em 2012, a historiadora e arqueóloga Valdirene Ambiel realizou, como mestrado, pela USP, um inédito trabalho a partir da exumação dos restos mortais dessas três figuras históricas. O Estado publicou os resultados, com exclusividade - confira neste link.
São três os gestores dos marcos históricos da região. O Museu Paulista (mais conhecido como Museu do Ipiranga), pertence à USP. O Parque da Independência é de responsabilidade da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. E o Monumento à Independência, que fica no interior do parque, é gerido pela Secretaria da Cultura.
Publicado originalmente na edição impressa do Estadão, dia 18 de julho de 2014
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terça-feira, 1 de julho de 2014
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